quarta-feira

Cloridrato de Fexofenadina - alergias, rinite alérgica sazonal

Finalidade terapêutica:
O Cloridrato de fexofenadina é um produto com ação anti-histamínica não-sedativo utilizado no  tratamento sintomático de manifestações alérgicas e rinite alérgica sazonal).


Mecanismo de ação:
A fexofenadina é o metabólito farmacologicamente ativo da terfenadina. Possui atividade  seletiva antagonista dos receptores H1 periféricos. A fexofenadina, em concentrações 32  vezes maior que a concentração terapêutica no homem, não demonstrou efeito nos canais de  potássio do coração. Em pacientes com rinite alérgica sazonal, que ingeriram doses de até  240mg de cloridrato de fexofenadina, duas vezes ao dia, durante 2 semanas, não foram  observadas diferenças significativas no intervalo QT, quando comparado com placebo. Também  não foram observadas alterações no intervalo QT em pacientes sadios que ingeriram 60 mg de  cloridrato de fexofenadina duas vezes ao dia, durante 6 meses, 400 mg duas vezes ao dia  durante 6,5 dias e 240 mg uma vez ao dia durante 1 ano, quando comparado ao placebo. Estudos  clínicos em pápula e eritema mediados pela histamina, após a administração de 20 mg e 40 mg  de cloridrato de fexofenadina, uma ou duas vezes ao dia, demonstraram que a droga produz um  efeito anti-histamínico em uma hora e alcança seu efeito máximo em 2-3 horas prolongando-se  por até 12 horas. Não foi observada tolerância desses efeitos após 28 dias. A fexofenadina  inibiu o broncospasmo induzido por antígenos e inibiu a liberação de histamina dos mastócitos  peritoneais em animais, em concentrações subterapêuticas (10-100 mm). Em estudos com  animais não foram observados efeitos anticolinérgicos ou efeito sobre os receptores alfa-1  adrenérgicos. Estudos realizados com o cloridrato de fexofenadina radiomarcado em ratos demonstraram que a fexofenadina não atravessa a barreira hematoencefálica. Após  administração oral de dose única de 2 cápsulas de 60 mg de cloridrato de fexofenadina para  indivíduos sadios, a concentração plasmática máxima é obtida em aproximadamente 2,6 horas.  Após a administração oral de uma dose única de 60 mg (solução oral) em indivíduos sadios, a  concentração plasmática média foi de 209 ng/ml. A média dos picos de concentração  plasmática no estado de equilíbrio após a administração de doses múltiplas em indivíduos sadios  foi de 286 ng/ml. A média da meia-vida de eliminaç o do cloridrato de fexofenadina é 14,4 horas após a administração de 60 mg duas vezes ao dia. Fexofenadina possui ligação às  proteínas plasmáticas de aproximadamente 60% a 70%. A biodisponibilidade do cloridrato de  fexofenadina ainda não foi totalmente estabelecida, portanto, não é claro se o componente  fecal representa a droga não-absorvida ou se é o resultado da excreção biliar. Os estudos in  vitro e in vivo realizados com cloridrato de fexofenadina não demonstraram mutagenicidade.  O potencial carcinogênico e a toxicidade reprodutiva do cloridrato de fexofenadina foram  avaliados, utilizando-se estudos com terfenadina com o suporte de estudos farmacocinéticos  demonstrando a exposição do cloridrato de fexofenadina (através de valores plasmáticos de  concentração sob a curva - AUC). Não foi observada evidência de carcinogenicidade em ratos e
camundongos com terfenadina (até 150 mg/kg/dia). Em pacientes acima de 65 anos, os picos  plasmáticos de fexofenadina observados foram 99% maiores do que em indivíduos jovens  sadios. Neste caso, a meia vida de eliminação média foi similar. Em pacientes com insuficiência  renal leve (clearance de creatinina 41-80 ml/min) a grave (clearance de creatinina 11-40  ml/min) os picos plasmáticos de fexofenadina foram 87% e 111% maiores do que os observados  em voluntários sadios, respectivamente. Nesses casos, a média de meia-vida de eliminação foi  59% e 72% mais longa, respectivamente, do que as observadas em voluntários sadios. Os picos  plasmáticos em pacientes sob diálise (clearance de creatinina menor que 10 ml/min) foram 82%  maiores e a meia-vida foi 31% mais longa do que em indivíduos sadios. Em pacientes com  insuficiência renal a dose deve ser ajustada (ver Posologia). Não foram observadasalteraçõessignificativas na farmacocinética do cloridrato de fexofenadina em pacientes com doença  hepática quando comparado com indivíduos sadios.


Indicações:

- Manifestações alérgicas

- Rinite alérgica sazonal


Dosagem:
Tomar 1 cápsula de 60mg duas vezes ao dia, com água e antes das refeições.

Uso adulto e adolescentes com idade igual ou acima de 12 anos. Não foram notificadas quaisquer interações com alimentos ou bebidas.  A eficácia e segurança em crianças abaixo de 12 anos de idade ainda não foi estudada.  Em pacientes com função renal prejudicada, recomenda- se dose inicial de 60 mg, 1 vez ao dia.


Reações adversas: Nos estudos clínicos realizados as reações adversas mais freqüentes foram: cefaléia (dor de  cabeça), tonturas, náuseas e fadiga (sensação de cansaço).

Interações medicamentosas:  
A fexofenadina não sofre biotransformação hepática, portanto é improvável a ocorrência de  uma interação com drogas que atuam no metabolismo hepático. O cloridrato de fexofenadina  em doses de 120 mg, duas vezes ao dia, foi administrado concomitantemente com eritromicina  (500 mg, 3 vezes ao dia) e cetoconazol (400 mg, uma vez ao dia) em indivíduos sadios, sem  demonstrar qualquer interação. Não foi observada nenhuma interação entre a fexofenadina e o  omeprazol. No entanto, a administração de um antiácido contendo hidróxido de alumínio e  magnésio aproximadamente 15 minutos antes do cloridrato de fexofenadina causou uma  redução na biodisponibilidade, provavelmente devido à ligações no trato gastrintestinal.  Recomenda- se aguardar um período aproximado de 2 horas entre as administrações de  cloridrato de fexofenadina e antiácidos que contenham hidróxido de alumínio e magnésio. Foi  observado aumento de 2 a 3 vezes no nível plasmático de fexofenadina administrada  concomitantemente com eritromicina ou cetoconazol. No entanto, esta alteração não foi  associada com aumento de efeitos adversos ou com o prolongamento no intervalo QT,  comparado ao observado quando as drogas foram administradas separadamente. Em estudos  em animais foi demonstrado que o aumento nos níveis plasmáticos de fexofenadina, quando  administrada concomitantemente com eritromicina ou cetoconazol, foi devido a um aumento na  absorção gastrintestinal e uma diminuição ou na excreção biliar ou na secreção gastrintestinal,  respectivamente.

Contra-indicações: É contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade ao cloridrato de fexofenadina.

Lactantes
Precauções:  
Não é necessária nenhuma precaução específica em pacientes idosos ou que possuam  insuficiência hepática. Em caso de insuficiência renal, a dose deve ser ajustada. Estudos  clínicos realizados com cloridrato de fexofenadina não demonstraram a associação do uso do  produto com a atenção no dirigir veículos motorizados ou operar máquinas, alterações no  padrão do sono ou outros efeitos no sistema nervoso central.

Uso na gravidez e lactação: Não existe experiência com o uso de cloridrato de fexofenadina em mulheres grávidas. Portanto, assim como para outros medicamentos, cloridrato de  fexofenadina não deve ser utilizado durante a gravidez a menos que a relação risco/benefício  seja avaliada pelo médico e supere os possíveis riscos para o feto. A fexofenadina é excretada  no leite materno. Portanto, o uso de cloridrato de fexofenadina não é recomendado a  lactantes.

Este é um insumo farmacêutico novo e, embora as pesquisas realizadas tenham indicado eficácia e segurança quando corretamente indicado, podem ocorrer reações adversas  imprevisíveis ainda não descritas ou conhecidas. Em caso de suspeita de reação adversa, o  médico responsável deve ser notificado.  

Superdosagem: Na fase de desenvolvimento do produto, durante os estudos clínicos com administração de  doses únicas de até 800 mg (6 voluntários sadios) e de até 690 mg duas vezes ao dia, durante  um mês (3 voluntários sadios), não foram observadas reações clinicamente significativas. Em  caso de superdosagem, são recomendadas as medidas usuais de suporte para remover do  organismo a droga não- absorvida. A hemodiálise não remove com eficácia o cloridrato de  fexofenadina do sangue.  

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